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Entre a ânsia de um futuro que nunca será e a nostalgia de um passado que jamais conheci, o dimorfismo do presente que, já passado, não existe é o peso de uma noção que sempre vivi. De rosto fatigado dos artifícios que lhe imponho: pesados, amovíveis, que consomem aquele que presumo ser vivo preso, dentro de mim, junto com Entidade que desconheço. Removendo-os, nem catarse sou capaz de ter. Porque na humilhação do que encontro e não reconheço, a dor que sinto transfigura, porém permanece, como vazio amorfo no centro do peito, que pesa mais do que se lá algo houvesse. E, externamente, as tonalidades da genetriz natureza, como que se de meu estado deleitassem troçar, ordenam ao vento que entoe os segredos da felicidade num dialeto primordial que sou incapaz de recordar.